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A Economia está estagnada

António Costa Silva na 1ª Conferência “O Alto-alentejo a Crescer”.
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Factos são factos. A economia portuguesa não cresce. O Alto-alentejo perdeu mais de 13.000 pessoas em 10 anos. As soluções tardam.

Razões para a realização do 1ª Conferência “O Alto-alentejo a Crescer” que decorreu no Hotel Vila Galé Collection, na cidade de Elvas, Património da Humanidade da UNESCO. E de onde saíram ideias para concretizar.

Uma iniciativa da Empreendedores.com.pt, que contou com um painel de luxo de Oradores e que teve transmissão em directo via livestreaming.

Pode ver ou rever os vídeos com as intervenções dos oradores.

Texto:

Inês Nascimento e Joana Tomás

Edição:

Paulo Lavadinho

 

António Costa Silva: a economia está estagnada

Nada como alguém com enorme clarividência e realismo. “Temos um problema nacional, a economia está estagnada, falta persistência das políticas públicas e falhamos nas competências e qualificações especializadas na nossa comunidade.” Palavras de António Costa Silva na abertura da sua intervenção neste importante evento que se deverá realizar no Alto-alentejo a cada dois anos.

A par dos restantes oradores, o Coordenador Nacional do Plano de Recuperação de Portugal 2020-2030, abordou a questão que mostra ser a mais problemática para o desenvolvimento da região: a crise demográfica. Costa Silva, está convicto que este sim, é o projeto do futuro. Deixou ainda a mensagem às autarquias para que “se foquem na diáspora, ou seja, cultivar a ligação à terra de origem com os nossos emigrantes, desenvolvendo políticas de imigração e de natalidade ativa, onde incentivos facilitariam a fixação de pessoas às regiões.” 

No próprio desenvolvimento empresarial é necessária cooperação entre as empresas já existentes e as futuras. Para António Costa Silva, “colaboração é palavra de ordem”. No caso do Alto Alentejo, “deve-se apostar na atração de nómadas digitais, mobilizar conhecimento, tecnologia e inovação, o aproveitamento das infra-estruturas, tanto físicas, como digitais, como a linha férrea entre Madrid e Sines, passando por Elvas.” Assim sendo, “a geoeconomia é uma mais-valia da nossa região transfronteiriça que leva à identificação de todas as valências que existem na região. Terá que haver também o desenvolvimento de polos de agricultura de alta precisão”, definindo ainda que “até 2030 devemos aumentar em 15% o valor da produção agroalimentar e ter 50% dos sistemas agrícolas sustentáveis e aumentar em 60% os investimentos em inovação.”

Costa Silva, que foi convidado pelo Primeiro-ministro português para elaborar o já referido Plano Económico onde se incluí o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sugeriu também que “há que trazer para a região conhecimento, ciência, tecnologia, biotecnologias para reinventar o cluster agrícola e industrial”. Mas não deixou de parte o turismo. Afirmou que “vender destinos turísticos é vender emoções” e que no “Alto Alentejo existem valências em termos climáticos e ambientais extraordinárias.”

A concluir, António Costa Silva, deu especial ênfase às mudanças climáticas que ocorrem a nível global, mostrando a sua preocupação. Garante que “tudo o que é rural significará o futuro do território e não há melhor exemplo que o Alto Alentejo.”

 

Atrair Investidores e População

“As infraestruturas de qualidade do Alto Alentejo, geram confiança nos investidores”. Esta foi uma das conclusões da Conferência “O Alto-alentejo a Crescer” que decorreu na cidade norte-alentejana de Elvas.

A auto-estrada, a via férrea, cuja obra decorre, e o Aeroporto Internacional de Badajoz, situado a pouco mais de 30 minutos da cidade de Elvas, foram algumas das excelentes condições que o Director da Empreendedores, revista digital promotora do evento, realçou. Paulo Lavadinho exortou ainda os decisores políticos a repensarem os apoios europeus privilegiando o sector privado, verdadeiro produtor de riqueza, sem, contudo, se prejudicar o público. Um “casamento” perfeitamente possível, enfatizou.

O mesmo responsável deixou ainda claro que os apoios devem ser dirigidos ao investimento de qualidade. Uma forte crítica à banca, sobretudo pública, que se tem mostrado incapaz de apoiar a economia, foi outra das linhas de intervenção a par de um pedido de cooperação e reestruturação da mesma afirmando que é crucial respeitar e ser mais sensível ao espírito empreendedor dos portugueses sob pena de as denominadas Fintech ganharem cada vez mais terreno, o que já acontece. Aliás, as financeiras tecnológicas são cada vez mais o parceiro preferido das empresas sobretudo as micro e PME devido, precisamente à falta de resposta capaz e atempada da banca tradicional que tem dificuldade, também pela sua dimensão, em se adaptar. O que é uma vantagem para os empreendedores que deste modo têm, também, maior celeridade nas respostas e podem criar e consolidar projectos de modo mais eficaz e transparente. As Fintech vieram para ficar e são fundamentais ao ecossistema empreendedor.

Venham viver para o Alto-alentejo

Uma das convidadas, Rita Beltrão Martins, participou através de videoconferência. A co-fundadora da Terrius, apresentou o seu projecto de negócio, um exemplo de empreendedorismo na região, mais propriamente em Marvão. Segundo a empreendedora, “este mesmo projecto começou através de uma paixão pelo local, destacando toda a potencialidade que o mesmo oferece em termos de qualidade de vida e da possibilidade de criar algo que fosse diferenciador em relação a tudo o que já existia, passando por recuperar produtos antigos e regionais, dando um cunho inovador sempre com a visão assente na sustentabilidade e economia circular.”

O turismo gastronómico é uma das vertentes do trabalho desenvolvido naquele espaço e fora dele, proporcionando uma verdadeira experiência alentejana. Rita Beltrão Martins deixou ainda o convite para que as pessoas se mudem para a região e apostem nela.

Política Per Capita

“O Alto Alentejo é vítima da política per capita.” Esta foi a ideia central da intervenção de João Amaro Cipriano, economista, Revisor Oficial de Contas (ROC) e professor universitário do ISEG, em Lisboa.

João Cipriano, realçou ainda a interpretação de dados atribuídos à desertificação, tendo ficado muito claro o despovoamento a que o Alto-alentejo tem sido sujeito nos últimos anos. De notar que segundo o Censos 2021, a região perdeu mais de 13.000 pessoas.

O Economista afirmou que é “necessário empreender para crescer, que nos últimos anos a região foi submetida a acontecimentos de fluxos migratórios das populações para o litoral, teve um impacto no investimento em vários sectores, deixando assim a região alentejana deprimida em questões de mão de obra.” Esclareceu, também, que com “a saída das novas gerações, houve perda de competitividade em relação a outras regiões.”

Perante estes factos, o Professor Universitário, apontou caminhos. “Reforçar e pugnar pelo investimento público, atrair e fixar o investimento privado, estancar a hemorragia populacional, potenciar e valorizar os recursos endógenos e criar um ambiente favorável ao empreendedorismo e aos negócios. Para isto, teremos de ter sempre em vista os aspectos favoráveis: subsídios atribuídos à região pela União Europeia para criação de melhores condições urbanas, condições para manutenção de património histórico levando a um crescimento nas atividades turísticas e no agroturismo, sendo que vários estabelecimentos de ensino foram criados com grande potencial para formar gente qualificada.”

“Tendo em conta aquilo que temos de bom”, frisou João Amaro Cipriano, é crucial a existência de “atividades âncora com os seguintes modelos de oportunidades: eventos, hotelaria e restauração, marketing e comunicação, projetos com criatividade, indústria ligeira, apoio às famílias, apoio às empresas, construção e reabilitação de edifícios, saúde e bem estar, robótica e Inteligência Artificial (IA).

A concluir, considerou fundamental, “um programa de estímulos, no que diz respeito aos apoios fiscais diretos a famílias que se fixam na região; redução de taxas ao investimento empresarial que criem postos de trabalho permanentes; incentivos financeiros públicos; criação de um instrumento financeiro de desenvolvimento regional para financiar investimentos relevantes de médio-longo prazo. Tudo isto com muito trabalho, esforço e perseverança de todos nós.”

Perdas de População criam perdas de Serviços

“As perdas de população contribuem para o decréscimo dos serviços nessa mesma comunidade, o que implica um impacto na área social para as pessoas residentes nessas mesmas regiões, pois deixam de contar com serviços outrora habituados a usufruir”. Foi deste modo, claro e inequívoco, que António Santos Del Valle, iniciou a sua intervenção. O Consultor Internacional de Turismo, ligado À OMT e actual co-organizador da Cimeira Mundial de Turismo que se realiza em Outubro próximo em Barcelona, considerou que para contrariar esta tendência , “há que fomentar a captação de novos povoadores, não vinculados à região e fidelizar os já existentes; priorizar  a chegada de possíveis povoadores para a região que tenham projetos sólidos de emprego e de vida, promoção de uma imagem positiva do mundo rural existente com conceitos modernos de uma nova era, assegurar a correta gestão dos espaços protegidos e do seu património, impulsionar a cooperação de todos os concelhos e freguesias do Alto Alentejo, aproveitando os recursos de cada território de forma a que todos beneficiem.”

Del Valle, adiantou ainda ser crucial, “garantir que o território se adapta a novas tendências, sobretudo ao desenvolvimento de tecnologias, mediante a criação de centros tecnológicos e sociais que permitam desenvolver um modelo de agricultura e pecuária familiar.” 

O Presidente da Wanderlust e do Turismo Mundial de Compras, reforçou a percepção existente “da qualidade de vida nos espaços rurais, como se verificou durante a pandemia. Por isso, há que dar sustentabilidade aos projetos de empreendedorismo e à fixação da população com diversas ações: escritórios de assessoria que possam garantir a mudança das pessoas para a região, campanhas de comunicação e de marketing da região, criar modelos de produção descentralizados, dinamizar ativa e positivamente o trabalho em coworking, substituindo os gastos pelo incentivo à cooperação das várias vertentes económicas. Criar condições para alojar as pessoas tendo em conta a segurança física, ambiental e sanitária do local.”

António Santos, foi mais longe nas suas propostas. “Desenhar ações de circuitos turísticos que permitam estender a estadia dos turistas, construindo circuitos temáticos, facilitando assim o surgimento e promoção de novas atividades, ao criar um inventário competitivo de rotas temáticas; criar escolas internacionais de negócios ou campus, impulsionando também os estabelecimentos de ensino de hotelaria e turismo que têm como finalidade principal criar uma marca de qualidade turística do Alto Alentejo.”

A concluir, defendeu a existência de “um plano de valorização e conservação do território, tornando-o atrativo para se dar a conhecer e, sobretudo, valer a pena viver nele.”

No seguimento de exemplos reais de visão empreendedora, Jorge Moita, designer de moda internacional, que colaborou com o grupo Benetton e premiado diversas vezes internacionalmente, foi outro dos oradores convidados.

Natural de Elvas, é-lhe reconhecido o exemplo de talento e orgulho no Alto Alentejo. Mostrou o seu envolvimento em diversos projetos, tais como a La.Ga, a mala que viajou pelo mundo, chegando este ano ao comité dos Jogos Paralímpicos de 2020, no Japão.

Está também ligado à Academia Maker e ainda ao projecto de desenvolvimento rural, em Montemor-o-Novo, “Casa Branca”.

A Arquitectura dos Conventos

Esta conferência contou também com a presença de Rolando Volzone, arquiteto italiano pela Universidade Sapienza de Roma e Investigador Pós-Doc no DINÂMIA’CET do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa – ISCTE – IUL. É mais um exemplo de visão empreendedora nas regiões rurais, mostrando preocupação pelo legado das mesmas. Apresentou o projecto de uma investigação que teve início na sua tese de doutoramento sobre o património monástico-conventual do território Alentejano, ao qual chamou “Uma oportunidade chamada Alentejo”. “Apostar na valorização do Património Cultural é essencial para o desenvolvimento regional” e, segundo o arquiteto, “conseguimos isso com a partilha de conhecimento, especialmente pela passagem do saber antigo.” Isto será sempre possível, “com o envolvimento conjunto da comunidade e da academia.”

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