Texto: Pedro Galego
O Governo abriu candidaturas para a reconversão e transformação de Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE), com um financiamento de 110 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O objetivo é modernizar estes locais tipo “ninhos de empresas” já estabelecidos e que tenham sido apoiados e/ou construídos pelas autarquias, para as preparar para as transições verde e digital e para garantir uma melhoria da competitividade das empresas já instaladas.
O processo de seleção decorre em duas fases. Numa primeira, até 15 de setembro, foram submetidas às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional de todo o pais 81 manifestações de interesse por parte de municípios e entidades municipais gestoras de AAE. As CCDR selecionaram 38 projetos: 9 na Região Norte, 18 na Região Centro, 4 na Área Metropolitana de Lisboa, 5 no Alentejo e 2 no Algarve. Estes 38 projetos podem agora, até 2 de dezembro, ser candidatados a esta segunda fase do concurso, que vai selecionar as intervenções a apoiar.
Neste contexto, os apoios são para investimentos na auto produção e armazenamento de energia renovável, ilhas de qualidade energética A+, soluções de carregamento de viaturas elétricas e abastecimento a hidrogénio, cobertura de Banda Larga Rápida (5G) em áreas do Interior com comprovada falha de mercado ou soluções de resiliência ativa a incêndios, consoante as características das AAE. Segundo o comunicado do Governo, “as candidaturas serão avaliadas, entre outros aspetos, tendo em conta o número de empresas instaladas e o número de postos de trabalho em cada AAE, quantos desses negócios estão associados a cadeias de logística e de que forma se articula o trabalho dessas empresas com o Sistema Regional de Inovação em questão. Serão beneficiadas na avaliação AAE localizadas em territórios do Interior”.
Segundo o Ministério da Coesão Territorial, “esta medida dá continuidade aos investimentos dos Programas Operacionais Regionais no âmbito do Portugal 2020 (de apoio a novas AAE e requalificação das já existentes) e será ainda complementada com apoios a AAE no âmbito do Portugal 2030”, frisa o Executivo.
