“És um mal-governado”. Este é um velho ditado popular quando alguém queria dizer que o outro não sabia gerir o que era seu, sobretudo o dinheiro. Então os mais pequenos, quantas vezes ouviam isso quando a semanada acabava ainda o fim da semana estava lá a larga distância (os que a tinham).
Portugal, já foi bastas vezes apontado como mal-governado e sempre se ouviu aquela velha história que a sul há um povo que não se governa nem se deixa governar.
Tudo verdade ou tudo nem por isso.
Factos são factos. Andamos desgovernados. E de quem é a responsabilidade? Talvez em primeiro lugar de todos os que votam. Provavelmente sentem-se bem governados. Depois, haverá os outros, os que quotidianamente se sentem desgovernados.
Vamos a algumas razões:
Quer investir? Esqueça. Maioria dos programas estão fechados. Não sabia? Claro, ninguém diz. Fica melhor quando se anuncia o jorrar de milhões. Anuncia!! Jorrarem é que é sempre mais difícil.
Exemplos: na agricultura, no turismo, e etc.
Os Apoios anunciados seja a particulares, seja a empresas, chegam tarde e más horas. Quando a tormenta acontece precisamos do salva-vidas é no momento.
Promessas? Bom, essas não faltam. Cumpri-las…
Protagonista número 1: António Costa. Ele, à semelhança de outros Primeiros-ministros não gostam de remodelar sob pressão. “Remodele. Demita”, grita-se de um lado. “Ai queres? Pois agora não remodelo.”
Costa até tem um excelente Ministro da Administração Interna! Mentiu? A sério? Há cada hábito!
Gasta dinheiro com a sua rapaziada? Os funcionários públicos querem aumentos? Dá-se já. Porque será que tantos querem ser funcionários do Estado? E porque é que a esquerda os adorará?
Presidência Portuguesa da União Europeia que acaba agora em Junho. Quem disse que não há dinheiro? Milhões gastos em alarvidades da UE. E à falta de melhor, inventou-se uma Cimeira Social. Deu o quê? Não sabe? Deixe lá, não é o único. Custou um milhão? E depois?
No CCB, sede da mesma Presidência, gastaram-se vários milhões? Havia que dar dignidade ao acto mesmo que muito do que mandaram fazer tenha sido puro esbanjamento já que não foi usado.
Numa Cimeira Social, eis o paradoxo do País. A sul milhares de imigrantes são tratados igual ou pior que no chamado Terceiro Mundo (Ler artigo de Opinião de Rita Freitas). Problema? Não deve ser, Costa e os muchachos da Corte sorriam para as câmaras, a Norte. Em Portugal, como diriam os espanhóis, “no pasa nada”.
Pois não. Só escravatura, tráfico ilegal de seres humanos, portugas sem escrúpulos que se aproveitam da miséria alheia, gente que vive pior que nos campos de refugiados em alguns casos, tratados como animais e explorados no trabalho. “Ahhhhh… No Bangladesh, não é? Pois, nesses sítios, pá… “, diálogo inventado, mas possível…
“Não, É CÁ EM PORTUGAL.”
“A sério? Sim, o Costa até foi lá num instantinho, a garantir uns contentorzinhos para a malta se aconchegar, aos 10-12, talvez. Pelo menos não apanham tanto calor!”
“Ah, mas tem ar condicionado!”. “Não, fazem uns furos no metal ou abrem as janelas que no Verão o Alentejo é fresquinho à brava”.
“E também, sempre é melhor do que lá de onde eles vieram”. Pois!
Há um Galamba no Governo? Ah, pois há, e vai continuar a existir. O rapaz excedeu-se e até retirou o post, deixem lá isso.
Atacou só o melhor programa da televisão portuguesa em matéria de jornalismo de investigação e a melhor jornalista na área. É chato? Para os políticos visados, é sempre, sobretudo quando é verdade.
Costa, o 1º Ministro que mantém um Galamba a governar, foi da Comissão de Honra de Luís Filipe Vieira, esse grande empresário que pouco ou nada deve ao Novo Banco? Qual é o problema?
Por falar em Novo Banco. O rapazola Ramalho goza com todos nós. Basta ver aquele sorriso cínico nas televisões quando vai lá anunciar os prejuízos e aproveita e nos pede mais dinheiro. Como um miúdo que pede um chocolate à Mamy, ele, mais traquina, diz com a maior descontracção que são mais mil milhões, mais 400, enfim, lá vai pedindo e nós, com o Governo “cantando e rindo” lá vamos alimentando estes … senhores, que bem vistas as coisas, até estão a fazer um excelente trabalho. De tal forma que apesar dos mais de 1,200 milhões de prejuízo, atribuíram-se a eles próprios prémios de … gestão!! Não, não é Ricardo Araújo Pereira a brincar. É a sério. Quem paga? Adivinhe!
Há muto mais, mas fica para o Desgovernados 2. Os leitores também ficam maçados por viverem neste desgoverno.
Há quem diga que Portugal é bom, mas é para viver com boa reforma, descansar, comer e beber. Fujam do resto. Mas para onde?