Chama-se Nuno Castelo. É um empreendedor artista transmontano inconformado. Uma incessante busca pelo que o inquieta faz dele um mestre da arte contemporânea que não se esgota nesse campo.
Na pintura é conhecido como “O Pintor dos Pés “!
É o criador de uma autêntica revolução pictórico – plástica e de uma nova estética de representação do Alto Douro Vinhateiro, e, em especial, do Homem Duriense, “nunca antes retratada em Portugal ou no mundo”.
É o criador do “Homem Garrafa” em 1993 e inventor de uma Nova Corrente Artístico-Filosófica que denominou como INCONVENCIONALISMO ANGULAR e do Movimento Inconvencionalista Angular – MIA em 2008.
O Seu nome foi incluído recentemente na publicação internacional ligada à UNESCO – “Turismo & História – perspectivas sobre o património da humanidade no espaço ibero-americano” – ao lado de alguns dos principais nomes da pintura portuguesa, como José Malhoa, Júlio Pomar, entre outros.
Em forma de “aviso”, Nuno Castelo deixa o alerta: “esta Corrente Artístico-Filosófica não é realismo, não é impressionismo, não é expressionismo, não é surrealismo, não é cubismo, não é arte abstrata, não é pop-arte!
Chama-se INCONVENCIONALISMO ANGULAR e foi criei-a no verão de 2008”, afirma à Empreendedores, Nuno Castelo.
O artista e escritor, escreveu mesmo um manifesto sobre esta corrente que tenciona publicar em breve. Nas Artes, são diversas as correntes e modelos de pensamento e de criação. Para este transmontano cuja actividade prolifera e em colecções particulares em torrentes de escrita, quando questionado sobre esta “ambição”, deixa claras três definições. Uma, considera-a como “(…) Corrente Artístico-Filosófica que consiste na fusão de Ângulos não convencionais de um determinado objeto, realidade ou mundo, com Ângulos convencionais desse mesmo “objeto, realidade ou mundo“; transformando-o num Todo Emergente de “Repetições Chave” de prevalência predominantemente Inconvencional. (…) “
Numa segunda possibilidade, “(…) Fusão intencional de Ângulos repetidos, onde todos eles estão propositadamente representados sob o maior número de formas possíveis, com maior prevalência para situações improváveis, desconhecidas ou absurdas. (…)”
E, finalmente, “o Inconvencionalismo Angular é uma corrente – estilo – artístico-filosófica baseada em ângulos convencionais e inconvencionais e na repetição exaustiva e quase obsessiva dos segundos sobre os primeiros de forma a criar fusões e “inconvenções” controladas e transformadoras do “objeto, realidade ou mundo” inicial.” Neste processo criativo ou “recreativo“, acrescenta, “é usado um método ativo de construção de objetos, realidades ou mundos – MÉTODO ORIÓLICO – que funciona através de Patamares ou Escadas, designadas por Escadas de Oriolus. Pode ser aplicado em diferentes áreas – artísticas ou não.”
A Origem
Mas, interroga-se o leitor, o que pretende um artista de arte contemporânea ao afirmar-se, também. por esta via. De onde surgiu o Inconvencionalismo Angular? “A necessidade criativa – compulsiva -, a recusa constante em aceitar a ideia social crescente de que “está tudo inventado em arte – ou outras áreas – e nada mais há a fazer” e a constatação social da massificação sistemática de ângulos – convencionais -; levou-me a uma busca incessante por horizontes artísticos desconhecidos, improváveis, inimagináveis ou mesmo, aparentemente absurdos.”, assegura Nuno Castelo. Segundo a descrição do autor no seu romance de estreia, “Homens garrafa” (…)… sabia que existia um “Estilo” ou uma “Nova Corrente Artística” que seria possível existir fora dos parâmetros conhecidos.
Encontrei esse “Estilo”, adianta, “no Verão de 2008.” “Alimentei-o, cerquei-o, delimitei-o, separando o trigo do “joio, ou seja, deixei para o Surrealismo o que era do Surrealismo, para o Expressionismo o que era do Expressionismo, deixei para o Cubismo o que era do Cubismo, para a Arte Abstrata o que era da Arte Abstrata e assim sucessivamente em todas as Correntes Artísticas e, para meu espanto – embora já desconfiasse há vários anos -, o prato não ficou vazio e o que restou, depois de tudo esgotado, depois de tudo nos seus devidos lugares; era algo novo que nunca tinha visto em anos e anos de Pintura… Chamei-lhe Inconvencionalismo Angular e certifiquei-o num documento – Manifesto do Inconvencionalismo Angular… “, conclui.
Leia amanhã, a segunda parte deste artigo. Nuno Castelo, pintor, escritor, ilustrador, criador. Talento escondido para lá do Marão e que a “Empreendedores” foi descobrir lá em cima, na Terra Fria. Um artista-empreendedor a caminho de outros palcos.